Valdsom Braga cria obra ao vivo para celebrar 40 anos de Tony Palha

Tem certas histórias que deixam a gente cheia de orgulho só de ouvir, sabe? Imagina só: um estilista do interior do Pará, chamado Tony Palha, que saiu do cantinho dele e acabou vestindo gente do mundo todo — como Elton John e Cher. Dá até aquele friozinho bom no peito.
A comemoração dos 40 anos de carreira do Tony foi pra lá de especial. Rolou lá no Theatro da Paz, em Belém, aquele lugar lindo de viver. E teve até performance artística com direito a pintura feita ali na hora… Fico pensando no brilho dos olhos de quem viu tudo de perto.
Tony tem um jeito todo dele de fazer moda. Não segue só o óbvio. Ele sempre apostou no diferente, misturando criatividade com aquele toque amazônico. E vê-lo ser reconhecido pelos grandes é aquela coisa que inspira quem também veio de longe e já escutou um “não” ou outro por aí.
O Tony não nasceu em berço de ouro. Na verdade, ele veio de Vigia de Nazaré, uma cidade do Pará que respira cultura. Olha só: antes de ser estilista, ele se formou em arquitetura — talvez por isso os vestidos dele têm tanto detalhe, tanta construção bonita.
Depois disso, Tony foi atrás dos próprios sonhos e se jogou no Rio de Janeiro. Fez cursos de moda, mergulhou no teatro e não demorou pra criar um projeto superoriginal: o “Do Lixo ao Luxo”. Sabe aquela ideia de transformar lixo em looks incríveis? Foi ele quem fez primeiro. Inclusive, um dos vestidos de noiva mais marcantes que ele construiu era todo feito de saco de lixo. Pode parecer maluquice, mas olha que transformação poderosa: mostrar que até o descartado pode virar luxo.
Quem vê Tony vestindo celebridade internacional nem imagina o corre. Ele já passou por marcas famosas da Europa, tipo Dolce & Gabbana e Valentino, e não perdeu suas raízes. Vários dos trabalhos mais icônicos dele, como os figurinos da Cher, Elton John e Shirley Bassey para um musical da BBC, nasceram dessa mistura de ousadia e zero medo de inovar.
O espetáculo no Theatro da Paz
A festa de 40 anos do Tony no Theatro da Paz foi coisa de novela. Ele reuniu uma retrospectiva das principais criações — desde a época em que começou no Rio e em São Paulo até as viagens pelos centros da moda em Milão, Paris e Londres.
Teve aquele friozinho na barriga típico de quem relembra a própria trajetória. Aqui em casa, sempre falo que olhar pra trás só pra se orgulhar de onde a gente chegou faz parte — e ele tirou isso de letra.
No meio da festa, o artista visual Valdsom Braga mostrou, com o personagem “O Pescador de Sonhos”, uma performance que mexeu com todo mundo ali. Enquanto desenhava ao vivo, a plateia via o tempo passar em forma de arte. Eu já vi algo parecido e posso dizer: é de arrepiar.
A moda com identidade e consciência
Um dos grandes diferenciais do Tony é nunca ter deixado pra trás a preocupação com o meio ambiente. Desde cedo, apostou no reaproveitamento de materiais. Não tem nada mais atual do que isso, né?
O projeto “Do Lixo ao Luxo” mostrou que moda não precisa ser só sobre roupa bonita, mas também sobre responsabilidade. Quem já lutou pra equilibrar beleza, economia e sustentabilidade entende esse desafio. Na prática, ele transformava resíduos e objetos descartados em peças que pareciam ter saído de uma passarela internacional.
Entre tantas tentativas, erros e acertos, ele acabou abrindo seu próprio ateliê — mérito de quem não se deixa parar pelos obstáculos. Dá até aquela vontade de tentar algo novo, não dá?
O Tony Palha é mais uma daquelas provas de que, apesar das dificuldades, nosso jeito brasileiro — esse jeito que só a gente entende — pode nos levar muito mais longe do que a gente imagina.