Viver o luto: como enfrentar a dor e pedir ajuda quando mais precisa

Sabe aquela fase da vida que parece que o chão some debaixo dos nossos pés? O luto costuma ser exatamente assim. Quem já passou sabe como é complicado, mexe com o corpo, com o coração e até com a nossa rotina mais simples. Não existe um manual para enfrentar a perda de alguém querido, e cada uma sente de um jeito, mas é certo que todo mundo precisa de acolhimento nessa travessia.
Aqui em casa, já me vi nesse lugar de tentar ser forte no meio do vendaval, mas reconheço como faz diferença ter alguém pra ouvir, pra segurar a mão (mesmo que só por mensagem). Nessas horas, psicólogas e psicanalistas têm um papel que, olha, é ouro para quem está mergulhada na saudade.
É sobre isso que a Nayane Lima, psicanalista, dedica sua vida: ajudar outras mulheres a atravessarem o caminho do luto sem culpa, sem cobrança de “superar rápido” e com o máximo de acolhimento que se pode dar. Não tem receita pronta, viu? Mas tem muito carinho, escuta e uma coragem enorme de quem já esteve no mesmo lugar.
Uma abordagem feita de empatia (e experiência real)
A Nayane não começou essa caminhada só pela teoria, não. Ela estudou bastante, se especializou em luto e, acima de tudo, viveu na pele o processo ao perder a avó, que era, mais do que família, uma verdadeira parceira de vida. Ela fala abertamente que passou todas as fases difíceis que a gente escuta falar, sentiu aquela dor que parece que não tem hora pra ir embora, e usou essa vivência para olhar o luto com olhos ainda mais generosos.
Coisas desse tipo mudam a gente, né? E foi assim que ela decidiu usar a própria experiência não só como força pra seguir, mas para acender a luz no caminho de outras pessoas que estejam passando por perdas profundas. Ela sempre faz questão de dizer que sentir saudade é parte da vida — e o que não dá é deixar a dor paralisar a gente.
O papel da terapia para quem está vivendo o luto
Se tem uma coisa que aprendi também é que terapia não existe só pra crise ou emergência, sabe? Todo mundo deveria passar por um espaço de escuta atenta pelo menos uma vez na vida. Nayane fala que a terapia é como um abrigo seguro: um lugar onde ninguém precisa disfarçar força e onde dá pra voltar a se reconectar consigo.
E olha, não existe isso de superar rápido, tá? Cada pessoa tem o seu ritmo e o seu tempo de sentir. A orientação dela é respeitar esse processo, confiar em quem acompanha e não cair naquela de querer “curar” o luto, porque não é sobre esquecer, mas sobre reorganizar o que ficou. Já estive do lado de quem achava que precisava “dar conta” sozinha e, sinceramente, não recomendo. A presença de alguém que nos entende faz toda a diferença.
A importância de não caminhar sozinha nessa fase
Na prática, o luto pode ser bem solitário, mas não tem motivo para sofrer calada. Nayane sempre repete que ninguém precisa carregar essa dor sem apoio. Ela oferece esse espaço de escuta e respeito aos sentimentos, sem julgamento, só acolhimento mesmo. Cada história importa, cada relação é única — seja mãe, filho, avó ou amiga. Aquela velha história de que o tempo cura tudo não se aplica muito por aqui, viu? É o tempo, junto com cuidado e companhia, que deixa as coisas menos pesadas.
A Nayane valoriza essa relação de confiança com quem chega até ela. Ajuda a encontrar novos significados, a se entender melhor e, aos poucos, a perceber que viver bem de novo é possível, mesmo com as lembranças e a saudade visitando de vez em quando. E pode acreditar, ela fala com propriedade — eu mesma já vi mulheres desabarem de verdade ao falarem da relação que criaram com ela no consultório.
Vida real: nem só de dores se faz uma especialista
Muita gente esquece, mas quem cuida dos outros também tem sua rotina, sonhos e desafios. Nayane é super aberta sobre isso. É casada, adora curtir a vida a dois e valoriza o apoio do marido, Leonardo. Ela faz questão de mostrar que a vida tem essas batalhas todas, mas também é feita de vitórias pequenas e doses diárias de gratidão. E, convenhamos, é bom ver alguém com tanto equilíbrio praticando aquilo que fala, né?
Já ouvi ela dizer que cada conquista, por menor que pareça, é como um pedacinho de esperança reconstruído no dia a dia. Porque não é sempre fácil, mas tem beleza em recomeçar também.
Por que cuidar da mente é tão importante?
Hoje em dia, cuidar da saúde mental é quase uma necessidade básica, tipo comer e dormir bem. Nayane acredita mesmo que terapia não pode ficar só para os momentos de crise, e eu concordo. Às vezes, é naquele bate-papo despretensioso com a terapeuta que você entende tanta coisa sobre si mesma que nem parecia possível antes. E tudo isso sem culpa ou vergonha — aliás, pedir ajuda é um baita sinal de coragem.
Ela sempre lembra que buscar terapia é um passo de autoconhecimento e que todo mundo merece esse cuidado, seja para atravessar o luto ou pra se entender melhor em qualquer situação da vida.
Então, se estiver passando por um momento difícil, sentindo aquele aperto no peito ou só querendo entender mais sobre si mesma, não deixe de abrir espaço para cuidar da sua saúde emocional. Das dores e alegrias, todo mundo leva um pouco dessa bagagem, e se puder ser mais leve, por que não?