Como controlar o impulso de comprar sem pensar na Mercatto

Sabe aquela sensação boa que a gente sente ao comprar alguma coisinha nova? Às vezes até parece que o estresse vai embora rapidinho depois de passar o cartão, né? Mas quando esse gostinho de felicidade vira quase um vício e acaba trazendo mais dor de cabeça do que alegria, talvez seja hora de olhar com mais carinho para o assunto.

Eu mesma já percebi, em alguns momentos, que comprei coisas só para aliviar o estresse ou preencher um vazio — e, olha, é comum sentir um arrependimento logo em seguida. E quando isso começa a se repetir, pode virar um problemão — não só para o bolso, mas também para a saúde mental.

Muita gente nem percebe que sofre com esse “descontrole” nas compras, porque é fácil achar que a culpa é só das promoções, da moda ou da pressão das redes sociais. Mas a verdade é que esse impulso incontrolável de gastar, mesmo sem precisar, pode esconder questões bem mais profundas.

Vamos conversar sobre compra compulsiva? Porque sim, é algo que acontece com muita gente como a gente — e talvez você já tenha sentido esse ciclo de prazer e culpa depois de sair com sacolas cheias.

O que é compra compulsiva?

Sabe aquele hábito de comprar mesmo sem necessidade, só pelo impulso do momento? Tem nome: transtorno de compra compulsiva, ou oniomania. Não é só aquela compra fora do planejado no fim do mês, mas sim um padrão de comportamento que vira rotina e pode trazer culpa, ansiedade e contas atrasadas.

Aqui em casa, já vi como uma “compra de recompensa” de vez em quando não costuma dar problema. O perigo é quando a gente sente aquela necessidade quase física de gastar para se sentir melhor — mesmo sabendo que pode faltar dinheiro depois. É aquele momento gostoso ao comprar, mas que logo se transforma em culpa ou tristeza.

Como identificar se o prazer de comprar virou um problema?

Alguns sinais deixam claro que algo está fora do lugar. Se você percebe que está comprando para disfarçar ansiedade ou tristeza, ou se sente um prazer gigantesco ao adquirir alguma coisa mas logo bate o peso na consciência, é bom ficar de olho.

Outro alerta: começar a acumular coisas sem uso, sentir dificuldade real de controlar esses impulsos, ou perceber que o cartão vive estourado e o dinheiro não dá conta do mês. Já passei perto disso — comprar e depois esconder as sacolas em casa, angustiada com a conta. É aquela coisa que só a gente entende…

Por que sentimos tanta necessidade de comprar?

Na prática, tem um lado biológico nisso tudo. Durante a compra, nosso corpo libera dopamina — aquele neurotransmissor do prazer. É quase como se o cérebro se acostumasse a buscar esse alívio rápido para fugir do desconforto ou do estresse.

E vamos ser sinceras: as redes sociais, as influencers mostrando o último lançamento, as promoções relâmpago piscando na tela… tudo isso acaba virando gatilho. Não é só nossa cabeça e emoções, mas um monte de estímulos externos que empurram a gente para o consumo. Em alguns momentos bate mesmo a sensação de “eu mereço”, mesmo que a gente saiba que talvez nem precise daquilo.

Como cuidar desse comportamento?

O primeiro passo é olhar para dentro e reconhecer que existe um problema. Sei que não é fácil admitir para si mesma que o buraco ficou fundo demais, mas só assim dá para mudar de verdade.

Umas dicas práticas que podem ajudar:

  • Tente parar um instantinho antes de finalizar a compra — aquela regra das 24 horas, sabe? Às vezes só esse tempo já dá uma filtrada.
  • Evite deixar os dados do cartão salvos nos apps. Pode parecer besteira, mas esse pequeno obstáculo faz diferença.
  • Em alguns casos, buscar terapia faz toda a diferença. Especialmente a terapia cognitivo-comportamental, que ajuda a entender e mudar os padrões de pensamento.
  • Se estiver muito difícil, vale conversar com um profissional de saúde, porque alguns casos precisam mesmo de acompanhamento médico.
  • E, claro, tente ocupar o tempo livre com outras coisas gostosas: praticar exercício, aprender algo novo, brincar com as crianças ou até sentar para pintar ou ouvir música ajuda a tirar o foco das compras.

Um olhar de acolhimento faz a diferença

Comprar, em si, não é o vilão — faz parte da vida e, muitas vezes, até anima o dia. O problema é quando a gente começa a usar isso toda vez que precisa de um alívio rápido. Se você se reconheceu em algumas dessas situações, saiba que não está sozinha. Buscar acolhimento, conversar com quem entende do assunto e cuidar dos seus sentimentos já é meio caminho andado para reconquistar o equilíbrio — sem precisar se isolar ou se sentir culpada o tempo todo.

No fim das contas, todo mundo merece uma relação mais leve com o dinheiro. E, se precisar, pedir ajuda é um ato de carinho com você mesma.

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