PMMA na harmonização facial: o que ninguém te conta

Sabe quando a gente vê aquelas fotos de famosas com o rosto super definido e começa a se perguntar se não está na hora de dar uma retocada aqui e ali? A vontade de mudar um detalhezinho, realçar, deixar mais harmônico… É super comum, especialmente agora que as redes sociais mostram só o lado mais “perfeito” das pessoas. E aí a tal da harmonização facial virou febre, né?

Só que, no meio desse universo, um nome aparece cada vez mais: PMMA. Muita gente tem usado esse produto para preencher áreas do rosto e do corpo, justamente porque o resultado dura bastante tempo. O problema é que agora chegaram notícias bem preocupantes: depois de algumas complicações sérias e até mortes recentes no Brasil, começaram a discutir se esse produto deveria mesmo ser permitido. Daqueles assuntos que fazem a gente parar e pensar se beleza vale o risco…

O PMMA é um preenchimento permanente. Ou seja, uma vez colocado, não sai do corpo — só mesmo com cirurgia, e isso já complica tudo. O que ninguém costuma contar é que, em vez de desaparecer, esse material pode causar reações bem tempo depois: de inflamação a aquelas bolinhas duras (os tais granulomas) e, nos piores casos, até necrose de uma partezinha da pele. Imagina passar por tudo isso só para melhorar um contorno?

Outra situação delicada é quando o produto é usado em grandes quantidades, como para aumentar glúteos e coxas. Nessas situações, o perigo cresce (parece exagero, mas é verdade mesmo). Se não for feito por quem entende muito, os riscos se multiplicam. Se já pensou em algo desse tipo, melhor conversar de verdade com uma médica de confiança antes de dar qualquer passo.

Quando o PMMA faz sentido?

Olha, tem hora que PMMA pode fazer diferença para a autoestima. Por exemplo, em casos de pessoas que tiveram lipoatrofia facial – aquela perda de volume no rosto, normalmente por causa de certas doenças ou tratamentos fortes, como no caso de quem tem HIV e usa aqueles remédios bem pesados. Nesses casos, devolver um pouco da firmeza do rosto é mais do que vaidade; é sobre se sentir bem, se reconhecer no espelho.

Mas, para o uso puramente estético, como só para realçar contornos ou preencher o bigode chinês, sinceramente… existem opções mais seguras. O ácido hialurônico, por exemplo, não dura para sempre, mas o corpo absorve e, se der algum problema, dá para resolver com mais facilidade.

Quem pode aplicar esse preenchimento?

Aqui no Brasil, só médicos e dentistas podem trabalhar com PMMA. Tem muita gente achando que outros profissionais da área da saúde podem aplicar, mas a lei é clara: para esse produto específico, não pode. Outras categorias até fazem procedimentos menos invasivos (com outros tipos de preenchimento semipermanente), mas cada uma segue seu conselho. Não é só questão de talento, mas de conhecer todos os riscos envolvidos. No fim das contas, é aquele famoso “barato que sai caro” — e, convenhamos, saúde não é boa hora para economizar.

O peso dos padrões e a pressa pelo resultado

A real é que a gente vive uma cobrança enorme para estar sempre linda, sem falhas, com tudo lisinho. Esse cenário estimula muita gente a procurar soluções rápidas e, às vezes, arriscadas — tipo aquela promoção relâmpago da clínica, sabe? Aqui em casa, sempre que alguém fala em fazer algo estético, a primeira coisa que pergunto é: conhece mesmo quem vai fazer? Porque sei lá, todo mundo conhece alguém com uma história que não terminou bem…

Entender o que está envolvido de verdade nesses procedimentos pode evitar muita dor de cabeça. Beleza faz parte da vida, mas não deve colocar nossa saúde em segundo plano. No fim, cada escolha conta e merece aquele olhar cuidadoso — ainda que a gente fique ali namorando o espelho, imaginando se não dava para dar uma renovada no visual.

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