Nova tendência: dizer adeus às redes sociais! Por que isso está acontecendo?

A cena é a primeira e a última do dia para bilhões de pessoas. Antes mesmo de levantar da cama, a mão procura o celular. E, antes de fechar os olhos para dormir, um último mergulho no feed infinito. As redes sociais se tornaram o ar que respiramos, o palco onde nossas vidas acontecem, a régua com que medimos nosso valor e o dos outros.

Diante dessa onipresença, a ideia de simplesmente apagar seus perfis soa como um ato de loucura. Deletar o Instagram? O TikTok? Sair dos grupos de WhatsApp?

É quase impensável. Seria como cometer um “suicídio social”, desaparecer do mapa, se tornar um fantasma em um mundo hiperconectado.

Mas, e se eu te dissesse que um número crescente de pessoas está, deliberadamente, cometendo esse “suicídio digital”? E que, para elas, essa “morte” online não representa o fim, mas sim uma ressurreição para uma vida mais real, mais presente e muito mais feliz?

Existe um movimento silencioso de pessoas que estão “puxando o cabo da tomada”, e os motivos delas são um poderoso alerta para todos nós.

A ‘vitrine’ da vida perfeita: a fuga da tortura da comparação

O primeiro e mais poderoso motivo para o êxodo digital é a busca por paz mental. As redes sociais se transformaram em uma vitrine interminável da vida, supostamente, perfeita dos outros.

São viagens espetaculares, corpos perfeitos, relacionamentos perfeitos, sucessos profissionais perfeitos. E o nosso cérebro, que não foi feito para processar essa avalanche de perfeição editada, reage da pior forma possível.

  • A consequência: Essa comparação constante e desleal gera um coquetel tóxico de inadequação, ansiedade e frustração. Sentimos que nossa vida é sem graça, que não somos bons o suficiente.
  • A libertação: Apagar os perfis é, antes de tudo, quebrar esse espelho distorcido. É parar de olhar para a “vitrine” e voltar a cuidar do seu próprio “jardim”.

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O resgate do cérebro: recuperando o foco e o tempo perdido

As redes sociais são desenhadas para serem viciantes. Cada notificação, cada curtida, cada novo vídeo é uma pequena dose de dopamina que mantém nosso cérebro refém, sempre querendo mais.

Essa distração constante tem um preço altíssimo.

  • O prejuízo: A nossa capacidade de foco e concentração é destruída. Ler um livro, assistir a um filme inteiro ou ter uma conversa profunda sem olhar o celular se tornou uma tarefa hercúleana.
  • A recompensa: Ao se desconectar, as pessoas relatam uma melhora quase imediata na capacidade de se concentrar. E o mais precioso de tudo: elas ganham de volta horas do seu dia, que podem ser investidas em hobbies, estudos, exercícios ou, o mais importante, em tempo de qualidade com pessoas de verdade, no mundo real.

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A rebelião da privacidade: o ato de não ser mais um produto

Por fim, há uma razão mais filosófica e política por trás desse movimento. Nós finalmente começamos a entender que, nas redes sociais, nós não somos os clientes. Nós somos o produto.

  • A realidade: Cada clique, cada curtida, cada segundo que passamos olhando uma foto é um dado que está sendo coletado, analisado e vendido para empresas de publicidade. Nossa vida, nossos gostos e nossas inseguranças são a matéria-prima que alimenta uma indústria trilionária.
  • A rebelião: Deletar os perfis é, portanto, um ato de resistência. É dizer: “minha vida não está à venda”. É uma forma de retomar o controle sobre a própria privacidade e de se recusar a ser apenas um número em um algoritmo. Não é sobre se isolar do mundo, mas sobre escolher viver nele de uma forma mais intencional, consciente e, acima de tudo, livre.
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