Minissérie com apenas 8 episódios é a opção ideal para o final de semana

Uma nova minissérie de 8 episódios acaba de explodir no Top 10 da Netflix, se tornando o novo vício de quem ama um bom suspense. “The Waterfront” conta a história dos Buckley, uma família que construiu um pequeno império de pesca e restaurantes, mas que, com a doença do patriarca, se vê forçada a tomar decisões desesperadas para sobreviver.
É uma trama de segredos, mentiras e crimes, que mostra até onde uma família pode ir para proteger seu legado.
A série é assinada por um mestre do suspense: Kevin Williamson, o gênio por trás de clássicos como “Pânico” e “Dawson’s Creek”.
Diante de um enredo tão bem amarrado, a primeira impressão é a de que estamos diante de mais uma obra de ficção brilhante, nascida da imaginação fértil de um dos maiores roteiristas de Hollywood.
Mas, e se eu te dissesse que a parte mais sombria e chocante dessa história não é ficção? E se o próprio criador, em uma revelação bombástica e corajosa, tivesse confessado que o enredo de crimes e desespero da série é, na verdade, baseado na história de sua própria família?
Prepare-se, pois a verdade por trás do novo sucesso da Netflix é muito mais pessoal e trágica do que você imagina.
The Waterfront: a ‘Succession’ dos mares que virou febre
Antes de revelar o segredo, é preciso entender por que a série é tão viciante. Descrita como uma mistura de “Succession”, “Ozark” e “Outer Banks”, “The Waterfront” nos apresenta à família Buckley.
Com o patriarca Harlan (Holt McCallany) doente, sua esposa Belle (Maria Bello) e seu filho Cane (Jake Weary) precisam fazer de tudo para não perder o império de pesca da família.
Ao mesmo tempo, a filha Bree (Melissa Benoist), que luta contra o vício, se envolve em uma relação perigosa que ameaça expor os segredos de todos. É um drama familiar que, lentamente, se transforma em um thriller criminal de tirar o fôlego.
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A ‘confissão’ de Kevin Williamson: ‘meu pai foi forçado a fazer escolhas ilegais’
Em uma entrevista recente, Kevin Williamson revelou que esta é a sua obra mais pessoal. E então, ele soltou a bomba. A história é diretamente inspirada em sua própria infância.
O criador de “Pânico” contou que seu pai era um pescador e que, com o colapso da indústria da pesca nos anos 1980, sua família ficou sem meios de subsistência. Desesperado para sustentar os filhos, o pai de Williamson foi tentado a se tornar um contrabandista.
E, na frase mais chocante da entrevista, o roteirista confessou: “Isso [o dinheiro do crime] me ajudou a entrar na faculdade”.
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A ‘verdade’ na tela: por que a série é tão poderosa e viciante?
É essa base real, essa dor e esse conflito moral vividos pelo próprio criador, que tornam “The Waterfront” uma série tão poderosa.
- Realismo Emocional: A gente sente o desespero dos personagens porque ele é real. Williamson não precisou inventar a angústia de um pai de família que se vê forçado a cruzar a linha da lei para proteger os seus; ele viveu isso.
- Elenco de Peso: A história ganha ainda mais força com as atuações espetaculares do elenco, que consegue transmitir toda a complexidade de pessoas boas fazendo coisas ruins.
- Ritmo Perfeito: Por ser uma minissérie com apenas 8 episódios, a trama é intensa, compacta e sem um minuto de enrolação, perfeita para maratonar em um único fim de semana.
“The Waterfront” é mais do que um ótimo suspense. É uma confissão em forma de arte, uma história sobre os tons de cinza da moralidade e um lembrete de que, às vezes, a ficção mais impactante é aquela que a vida real, com toda a sua dureza, escreveu primeiro.