Sua pressão arterial é uma sentença: qual é a ideal após os 50 anos; descubra

Uma inimiga que não faz barulho, não causa dor e não dá sinais claros de sua presença. Por anos, ela pode trabalhar nas sombras, dentro das suas veias, enfraquecendo as artérias, sobrecarregando seu coração e preparando o terreno para um desastre. O nome dela é hipertensão, ou simplesmente, pressão alta.

Para a maioria de nós, a pressão arterial é apenas um número que o médico ou o farmacêutico anota durante uma consulta de rotina.

Um detalhe técnico que parece distante. Mas, à medida que entramos na faixa dos 60 e 70 anos, esse número deixa de ser um mero detalhe e se transforma no protagonista da nossa saúde. Ele se torna uma verdadeira bomba-relógio, com o ponteiro se aproximando perigosamente do zero.

A boa notícia é que essa bomba pode ser desarmada. E o segredo para fazer isso não está em nenhum remédio mirabolante, mas sim no conhecimento.

Existe um “código secreto”, um conjunto de números que funcionam como uma senha para uma vida mais longa e segura. Saber qual é a sua pressão ideal nesta fase da vida não é apenas uma informação; é a diferença entre uma sentença de risco e uma sentença de vida plena.

Os números que ditam sua sentença: qual o valor ideal?

Esqueça a ideia de que existe um único número mágico para todos. A pressão arterial ideal pode variar depend-endo do seu estilo de vida e histórico de saúde. Segundo especialistas, os valores de referência para quem tem entre 60 e 70 anos são:

  • O cenário dos sonhos (a ‘sentença de vida’): Para idosos ativos, com uma dieta saudável e sem outras doenças graves, o ideal é manter a pressão o mais próximo possível do famoso 120 por 80 mmHg (ou 12 por 8). Este é o padrão ouro da saúde cardiovascular.
  • O limite de segurança (a ‘liberdade condicional’): Para a maioria dos idosos que vivem em um ambiente urbano, com uma rotina menos ativa e uma dieta comum, o objetivo é um pouco diferente. A pressão sistólica (o número mais alto, da contração do coração) deve ser mantida abaixo de 140 mmHg. Já a pressão diastólica (o número mais baixo, do relaxamento) deve ficar na faixa de 70 a 80 mmHg. Passar desses limites é um sinal de alerta vermelho.

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A ‘dieta anti-explosão’: o que colocar (e tirar) do prato

A forma mais poderosa de controlar sua pressão arterial é através do garfo e da faca. Não é preciso uma dieta radical, mas sim uma reeducação alimentar focada em desarmar a “bomba” da hipertensão.

  • Tire do prato (os vilões): O principal inimigo é o sal (sódio). Reduza drasticamente o consumo de alimentos ultraprocessados (embutidos, salgadinhos, comidas prontas), que são carregados de sódio escondido. Gorduras saturadas e frituras também devem ser evitadas.
  • Coloque no prato (os heróis): Aumente o consumo de frutas, verduras e legumes. Alimentos ricos em potássio, como banana, abacate e espinafre, são especialmente importantes, pois o potássio ajuda a equilibrar o sódio no corpo.

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O ‘exército’ de reforço: os hábitos que protegem seu coração

Além da dieta, um verdadeiro “exército” de hábitos saudáveis precisa ser convocado para proteger seu coração de forma definitiva.

  1. Movimente-se: Uma caminhada diária, natação ou mesmo aulas de dança ajudam a fortalecer o coração e a manter as artérias flexíveis.
  2. Controle o peso: O excesso de peso sobrecarrega todo o sistema cardiovascular. Manter um peso saudável é uma das medidas mais eficazes para controlar a pressão.
  3. Abandone os vícios: O cigarro e o consumo excessivo de álcool são inimigos declarados de um coração saudável. Cortá-los da sua vida tem um impacto imediato e profundo.
  4. Gerencie o estresse: O estresse crônico libera hormônios que aumentam a pressão. Encontre atividades que te relaxem, seja meditação, jardinagem ou um hobby.
  5. Visite seu médico: Por fim, o mais importante. Faça consultas regulares, meça sua pressão com frequência e siga à risca o tratamento indicado. O acompanhamento profissional é a sua maior garantia de segurança.
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