Os “pecados” da WePink: polêmicas que muitos não se lembram

Ela fatura R$ 7 milhões em 24 horas. Prevê fechar o ano com uma receita de meio bilhão de reais. A WePink, império de cosméticos da influenciadora Virgínia Fonseca, é uma máquina de fazer dinheiro, um fenômeno de marketing que transformou uma celebridade da internet em uma das maiores empresárias do Brasil.

Contudo, por trás dos números estratosféricos e do glamour, existe um rastro de polêmicas, acusações de plágio, processos na justiça e produtos de qualidade tão duvidosa que fizeram youtubers vomitarem ao vivo.

Enquanto a marca se apresenta como um sucesso incontestável, seu histórico é uma verdadeira coleção de crises que abalaram o mundo da beleza. Da infame base de R$ 200 ao perfume com “cheiro de vômito”, a WePink se equilibra em uma linha tênue entre o hype e o desastre.

Mas quais são os maiores escândalos que a marca e Virgínia preferem que você esqueça? E como uma empresa, mesmo com tantas controvérsias, continua a faturar milhões? Preparamos um dossiê com os pecados que mancham a biografia da WePink.

O fiasco da base de R$ 200 e o perfume que cheira a “vômito”

Dois lançamentos da WePink entraram para a história da internet brasileira pelos motivos errados, gerando uma onda de críticas e memes.

  • A base “importada”: Em março de 2023, a marca lançou uma base de R$ 200 com a promessa de qualidade de produto importado e resistência à água. O resultado foi um fiasco. A youtuber Karen Bachini fez uma resenha devastadora, mostrando que a base não resistia a uma gota d’água e tinha uma péssima cobertura. Outros influenciadores, como Felca, viralizaram ao mostrar a dificuldade para remover o produto, que parecia uma “argamassa”.
  • O body splash de Waffle: A linha de body splashes “Candys” prometia cheiros de doces, mas a fragrância de waffle foi descrita por múltiplos influenciadores, como Adam Mitch, como tendo um cheiro insuportável de “vômito de vodca com energético”. A polêmica foi tão grande que Virgínia teve que se pronunciar, afirmando que, apesar das críticas, o produto era o mais procurado, pois as pessoas compravam para “fazer review e xingar na internet”.

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A sombra do plágio e as acusações

A originalidade da WePink também já foi colocada em xeque diversas vezes.

  • O perfume “gêmeo”: O perfume RED da marca foi duramente criticado pela semelhança gritante com o Baccarat Rouge 540, uma fragrância de nicho que custa mais de R$ 3.000. Não apenas o cheiro, mas o frasco e o design da embalagem foram apontados como cópias.
  • A briga com Antonia Fontenelle: A influenciadora Antonia Fontenelle acusou publicamente Virgínia de plagiar o nome e todo o conceito de divulgação de seu perfume, “Liberté”.

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Problemas na justiça e reclamações na Black Friday

O sucesso de vendas veio acompanhado de problemas de gestão. A WePink já acumula mais de 100 ações na Justiça por parte de consumidores que reclamam de atrasos na entrega, produtos não recebidos e péssimo atendimento ao cliente. Em uma das ações, uma cliente pede R$ 30 mil por danos morais.

Para coroar, a marca ficou em 5º lugar no ranking das empresas com mais reclamações durante a Black Friday de 2024, segundo o site Reclame Aqui, reforçando a imagem de que, embora a empresa seja ótima em vender, ainda peca, e muito, na hora de entregar e atender seus clientes. É a dualidade de uma marca que é, ao mesmo tempo, um sucesso de faturamento e um case de polêmicas.

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