O superpoder secreto que toda mulher tem para esmagar nos negócios

Em um mercado de trabalho que ainda insiste em impor barreiras, milhões de mulheres no Brasil estão reescrevendo as regras do jogo. Elas não estão apenas abrindo seus próprios negócios; elas estão construindo impérios, inovando e provando, com dados, que são mais preparadas e melhores pagadoras que os homens.

Contudo, mesmo com toda essa competência, uma pergunta cruel ainda paira no ar: por que o caminho para elas continua sendo tão mais difícil?

A resposta, segundo uma das mais bem-sucedidas empresárias brasileiras no exterior, não está em trabalhar mais, mas sim em despertar um “superpoder” que a maioria das mulheres já possui, mas que raramente utiliza de forma consciente no mundo dos negócios.

Simone Salgado, com mais de 25 anos de experiência e fundadora de uma holding nos EUA, revela que existe um conjunto de características, uma espécie de “arma secreta” feminina, capaz de não apenas enfrentar, mas de aniquilar os desafios de um mercado ainda desigual.

Esqueça a ideia de que é preciso agir como um homem para vencer. O segredo, na verdade, é o oposto. É sobre abraçar e potencializar características intrinsecamente femininas que, quando bem aplicadas, se tornam a maior vantagem competitiva que uma empreendedora pode ter. Mas que poder é esse e como ativá-lo para prosperar?

A dura realidade por trás do empreendedorismo feminino

Antes de revelar o segredo, é preciso encarar os fatos. Os números mostram um cenário paradoxal e revoltante. No Brasil, as mulheres já são donas de mais de 34% dos negócios, o que representa um contingente de mais de 10 milhões de empreendedoras, segundo o IBGE.

  • Mais qualificadas, menos crédito: Dados do Sebrae mostram que elas são, em média, mais escolarizadas que os homens. No entanto, na hora de buscar crédito, enfrentam taxas de juros mais altas e têm mais dificuldade de aprovação.
  • Jornada tripla: O desafio de equilibrar o negócio com as responsabilidades domésticas e o cuidado com a família ainda recai desproporcionalmente sobre elas, o que muitas vezes limita o tempo e a energia que podem dedicar ao crescimento de suas empresas.

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A arma secreta: inteligência emocional e resiliência

É para lutar contra essa maré que Simone Salgado aponta para a arma secreta: a inteligência emocional. Não se trata de ser “boazinha”, mas de usar a empatia, a gentileza e, principalmente, a resiliência como ferramentas estratégicas.

“Empreender exige coragem, equilíbrio emocional e resiliência”, afirma a empresária. Para ela, a capacidade de gerir as próprias emoções diante do preconceito, de uma negociação difícil ou de um “não” é o que diferencia as mulheres que prosperam.

É a habilidade de transformar a frustração em combustível, de usar a intuição para tomar decisões e de liderar com “gentileza”, criando ambientes de trabalho mais colaborativos e produtivos.

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Como despertar e usar esse superpoder?

Ativar essa força interior é um exercício diário de autoconfiança e união. Simone Salgado enfatiza que o futuro do empreendedorismo feminino depende de uma atitude intencional de apoio mútuo.

  • Autocuidado como ferramenta de negócios: Uma mulher esgotada não consegue liderar. Cuidar da saúde mental e física é o primeiro passo para ter a resiliência necessária.
  • Educação prática: Buscar conhecimento não apenas técnico, mas sobre gestão emocional e liderança.
  • Sororidade intencional: Acreditar e praticar a ideia de que “uma puxa a outra”. Criar redes de apoio, indicar o trabalho de outras mulheres e compartilhar conhecimento são atitudes que fortalecem todo o ecossistema.

O recado é claro: o poder para virar o jogo não está em imitar modelos masculinos de sucesso, mas em encontrar força na própria essência feminina, transformando sensibilidade em estratégia e união em poder de fogo.

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