Trump tem perfume com cheiro de vitória que custa mais de R$ 1 mil

O homem mais poderoso do mundo, o presidente dos Estados Unidos, tem uma agenda cheia. Lida com guerras, com a economia global, com as complexas políticas internas de seu país. Nós esperamos que suas comunicações oficiais, em suas redes sociais, reflitam a seriedade do cargo que ocupa.
Mas, nesta semana, em meio a posts sobre diplomacia e projetos de lei, o presidente Donald Trump, que retornou à Casa Branca em janeiro para seu segundo mandato, fez um anúncio que chocou e enfureceu a América.
Ele usou seu púlpito presidencial, sua plataforma de comunicação com o povo, para agir como um vendedor de perfume de luxo.
Para os seus críticos, o ato não é apenas antiético; é um “deboche”, uma afronta. E a polêmica se torna ainda mais explosiva quando se descobre que, ao mesmo tempo em que o presidente promove um perfume que custa mais de mil reais, seu partido trabalha no Congresso para cortar benefícios sociais e planos de saúde da população mais pobre do país.
O ‘cheiro da vitória’: como é o perfume de R$ 1.357 de Donald Trump
Deixando a política de lado por um instante, o produto em si já é uma peça de marketing peculiar. A nova linha de fragrâncias da marca Trump se chama “Victory 45-47”.
- O Nome: É uma referência direta às suas vitórias presidenciais, como o 45º e o 47º presidente dos Estados Unidos.
- A Embalagem: O frasco do perfume é, literalmente, uma miniestátua dourada do próprio Donald Trump.
- O Preço: Cada frasco é vendido por US$ 249, o que hoje equivale a cerca de R$ 1.357. Um preço que o coloca no mesmo patamar de ícones da perfumaria mundial, como o Chanel Nº 5.
- O Slogan: O site de vendas promove o perfume como a fragrância para “Patriotas que Nunca Recuam, Como o Presidente Trump”.
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A ‘fúria’ democrata: a acusação de trapaça e corrupção
A reação da oposição foi imediata e furiosa. O senador democrata Mark Warner foi ao X (antigo Twitter) e declarou: “Nunca houve, na história americana, alguém que roubasse tanto às claras — trapaça e corrupção”.
Mas a crítica mais dura veio do senador Peter Welch, que destacou a hipocrisia do momento. “Os democratas do Senado estão lutando para impedir que o presidente Trump exclua 17 milhões de pessoas de seus planos de saúde, e ele está promovendo sua linha de fragrâncias”, disse Welch.
A mensagem é clara: enquanto o presidente enriquece com produtos de luxo, seu governo trabalha para tirar o básico dos mais pobres.
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O ‘império’ Trump: da Bíblia ao tênis de ouro, a máquina de fazer dinheiro
Este não é um caso isolado. Desde que voltou ao poder, a máquina de licenciamento da marca Trump está a todo vapor. Nos últimos meses, já foram lançados:
- Um smartphone de US$ 499 e uma operadora de telefonia com o nome Trump.
- Um tênis de ouro de edição limitada.
- Uma versão da “Bíblia Deus Abençoe os EUA”, também vendida com sua marca.
O presidente alega que seus negócios estão em um fundo administrado por seus filhos para evitar conflitos de interesse, mas seus críticos argumentam que a renda de todos esses empreendimentos continua a enriquecer o próprio Trump.
A Casa Branca, por sua vez, se recusou a comentar as críticas. A linha que separa o homem de negócios do presidente dos Estados Unidos parece, a cada dia, mais borrada.