O veneno vermelho que você serve para a sua família

A cena é um clássico da cozinha brasileira. Aquele macarrão de domingo, a lasanha do almoço em família, a base para a pizza de sexta à noite. No centro de todos esses momentos de afeto e sabor, quase sempre está ele: o prático e indispensável molho de tomate de caixinha ou de sachê.
Nós o usamos sem pensar duas vezes. Afinal, é feito de tomate, e tomate é um vegetal, um alimento saudável, certo?
Pegamos a embalagem na prateleira do supermercado, confiando na imagem de tomates vermelhos e frescos estampada no rótulo, e acreditamos que estamos levando para casa um produto que é, na sua essência, natural e benéfico.
Mas, e se eu te dissesse que, em muitos casos, você está sendo enganado? E se esse molho vermelho, que parece tão inocente, tiver mais em comum com um refrigerante ou um doce industrializado do que com um tomate de verdade?
Prepare-se, pois você está prestes a descobrir o “veneno” disfarçado que pode estar no prato da sua família, e como identificá-lo.
Os 4 ‘impostores’: os ingredientes que transformam seu molho em ‘lixo’
O grande problema é que, para baratear a produção, aumentar a durabilidade e viciar o nosso paladar, a indústria alimentícia carrega os molhos de tomate com uma série de ingredientes “impostores”, que não deveriam estar ali. Ao ler o rótulo com atenção, você vai encontrar:
- Açúcar: Sim, açúcar. Muitas vezes, ele é o segundo ou terceiro ingrediente da lista. É usado para corrigir a acidez de tomates de baixa qualidade, mas na prática, transforma um molho salgado em uma bomba de açúcar disfarçada.
- Amido Modificado: Este é um nome chique para um espessante barato. Ele é usado para dar uma falsa sensação de cremosidade e, principalmente, para “render” o molho, o que significa que há menos tomate de verdade na embalagem.
- Sódio em Excesso: Para realçar o sabor e conservar o produto, a quantidade de sal usada é, muitas vezes, altíssima, tornando o molho um verdadeiro perigo para quem tem pressão alta.
- Corantes e Conservantes: Uma infinidade de aditivos químicos são usados para dar ao molho aquela cor vermelha vibrante e para que ele dure meses na prateleira, mas que não agregam nenhum valor à nossa saúde.
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O ‘manual do detetive’ de supermercado: como escolher o molho certo
Para não cair nessa cilada, você precisa se transformar em um “detetive” de rótulos. A regra é simples: o melhor molho de tomate é aquele com a menor lista de ingredientes possível.
- Leia a lista: A lei obriga que os ingredientes apareçam em ordem de quantidade. Se a palavra “açúcar” ou “amido” aparecer antes de “cebola”, “alho” ou “sal”, fuja.
- Procure pelo básico: O molho ideal deve conter apenas o essencial: tomate (ou polpa de tomate), azeite, sal e, talvez, algumas ervas. Qualquer coisa muito além disso é suspeito.
- A embalagem importa: Sempre que possível, prefira os molhos em embalagens de vidro. Elas conservam melhor o sabor e não correm o risco de liberar substâncias do plástico, como os sachês.
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A ‘receita de ouro’: por que o molho caseiro ainda é o rei
É claro que a opção mais saudável e saborosa de todas sempre será o molho caseiro. Ele dá um pouco mais de trabalho, sim. Mas o controle que você tem sobre os ingredientes é total.
Você garante um molho sem nenhum tipo de veneno, apenas com o sabor real do tomate. Uma dica de ouro é preparar uma grande quantidade no fim de semana e congelar em porções menores. Assim, você une a saúde do molho caseiro com a praticidade do industrializado para a correria da semana.